quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Dicas para ler um livro

Essa é uma receita básica e infalível para quem pretender ler um livro. Anote os ingredientes, reserve uma pitada de tempo, mãos e olhos à obra. Acompanhe os passos a seguir:
1. Encontre o livro – esse é o item principal de nossa receita, por isso muita atenção. É possível encontrá-los em bibliotecas ou livrarias. Caso não o encontre nesses locais, tente pedir a um vizinho ou amigo. Professores costumam ter alguns estocados, não hesite em procurá-los. Importante: para que a receita dê certo, prove o livro antes, uma espiadela na capa ou primeira página deve servir.
2. Leve-o para casa – resista à tentação de começar a ler no trabalho ou no banco. Em caso de suspense ou drama, os danos podem ser irreversíveis. É praticamente impossível se concentrar quando um assassinato está prestes a ser cometido. (vide Crônica de uma morte Anunciada de Gabriel García Márquez).
3. Aqueça o ambiente – o contrário também vale, o importante é que o ambiente esteja aconchegante. Cadeira, sofá, cama ou rede são bons aditivos. Acrescentar uma xícara de café, doces, pipocas ou mesmo um bom drink é permitido. Entretanto, televisão não. Ela pode fazer tudo desandar, reserve-a para outros momentos, como para assistir um bom filme, por exemplo.
4. Comece a ler – com os ingredientes em mãos, ambiente aquecido é hora da leitura. Leia, apenas se entregue à história. Para não se distrair, é possível usar fones de ouvido, com ou sem músicas – a gosto.
5. Aproveite a leitura – ler não é apenas decodificar, tente sair da superficialidade, busque aprender o sentido total do texto. Lembrando que nem todos os resultados são iguais, o que não significa que todos sejam válidos. Para não errar, a dica é praticar sempre, assim você encontrará o ponto ideal de sua leitura.
PS.: Se no meio do caminho surgir uma pedra, é possível recorrer às dicas do blog Livros e pessoas. Boa leitura!

Escritores paranaenses

Esse texto é uma ode à literatura paranaense. Exageros à parte, esse é sim um texto para apresentar um pouco a literatura feita por paranaenses, de nascimento ou adoção.
Confira abaixo os nomes e algumas informações sobre os principais autores do Paraná.
Paulo Leminski 
Esse é um dos nomes mais representativos e lembrados quando se trata de literatura paranaense. Sua obra é complexa e diversificada, transitando por poemas e canções populares. Teve composições gravadas por nomes como Caetano Veloso. Com trocadilhos de muitos sentidos, profanou ditados populares além de ter escrito belíssimas cronicas da vida brasileira. E, assim como sua musa inspiradora Alice Ruiz e sua mestra Helena Kolody, escreveu haicais.
Helena Kolody 
Uma das poetisas mais importantes da literatura nacional, pois foi a primeira mulher a escrever e publicar haicais no Brasil. Publicou mais de 20 obras, e entre seus admiradores estão Paulo Leminski e Carlos Drummond de Andrade (!).
Dalton Trevisan 
Enigmático como seus personagens, é um dos maiores contistas e cronistas do país. Entre suas obras, se destaca o livro de contos “O vampiro de Curitiba”, que ajuda a aumentar o mistério em torno de sua figura, que é avesso à imprensa, não dá entrevista e raramente se deixa fotografar.
Alice Ruiz 
Nascida em Curitiba, é escritora e tradutora de haicais. Além disso, ela compõe letras de músicas, tendo inclusive lançado um CD com as participações de Zélia Duncan e Arnaldo Antunes.
Cristóvão Tezza 
Possui obras nacionalmente reconhecidas e premiadas. Também foi professor universitário e crítico literário.
Domingos Pellegrini 
Nascido em Londrina, onde ainda vive, é romancista, contista, cronista, poeta, jornalista e publicitário. Recebeu inúmeros prêmios, com destaque para “O homem vermelho” com forte apelo político.
Caso queira conhecer um pouco mais sobre os escritores paranaenses, é só visitar o site da secretária de educação. Lá tem materiais sobre a vida dos escritores e – melhor de tudo – algumas obras para download.

Dicas para interpretar as charges

Textos não são compostos apenas por palavras, mas sim por símbolos, imagens e ideias que devem ser decodificadas, ou seja, lidas pelo leitor. Assim “funcionam” as charges, que aliando textos verbais e imagens ajudam o leitor a entender a “mensagem”, ou melhor, as mensagens. Já que, normalmente, mais de uma interpretação é valida.
Pode parecer óbvio, mas pessoas diferentes terão interpretações diferentes sobre as mesmas charges. O que difere e o que vai determinar a interpretação são os conhecimentos prévios do leitor. Assim, ao lermos umacharge sobre a condição político-social da Bulgária em 1925, a menos que tenhamos lido algo sobre, não entenderemos quase nada, não é?
Entretanto, cabe ao chargista fornecer alguns indicativos ao leitor. De modo mais claro, podemos dizer que deve haver um pacto entre o leitor e o chargista. Um fornece as pistas, o outro as recolhe e assim formam-se as interpretações. Importante aclarar que interpretação não é o mesmo, em absoluto, que opinião. Além disso, o acordo entre as partes não prevê que as opiniões sejam idênticas. Isso acontece porque gerar o debate é a função primária das charges.

A história da charge no Brasil

A charge, nascida na Europa, parece ter sido criada aos moldes do humor brasileiro. Com forte tendência crítica, as charges sempre fizeram refletir, sobretudo a vida política.
Em 1837, foi publicada a primeira charge no Brasil, e autoria é do pintor e poeta Manuel de Araujo Porto Alegre (1806-1879). Essa primeira charge tratava de uma sátira ao jornalista Justiniano José da Rocha, que denunciava as propinas recebidas por um funcionário do governo ligado ao Correio Oficial.
No início de suas publicações, as charges eram publicadas e vendidas avulsas. Compravam-nas em lojas e livrarias. Foi em 1844, que a primeira revista começou publicá-las regularmente. Essa revista é a “Lanterna Mágica”. Mais tarde, outras revistas que surgiram e se consagraram foram a “Semana Ilustrada”, “Vida Fluminense”, “O mosquito”, “Comédia Social”, “O mequetrefe” e “Don Quixote”.
No inicio do século 20, a impressa brasileira, então já configurada nos moldes empresariais, vê surgir a figura do jornalista que se autodenominou Barão de Itararé. Ele, com sua irreverência, ajudou popularizar as charges.
Foi na década de setenta, entretanto, durante os “anos de chumbo” que alguns entre os principais nomes da charge do Brasil surgem. São eles: Ziraldo, Jaguar, Millôr Fernandes, Lan, Chico Caruso e meu preferido Henfil. Segundo Luis Fernando Veríssimo, paradoxalmente nesses anos mais duros é que o Brasil experimentou seu maior momento de criatividade no mundo das charges.

Oscar 2012: polêmicas lamentáveis

As indicações para o Oscar 2012 já foram anunciadas e, assim como os escolhidos, os esquecidos geram polêmicas e fermentam as noticias dos famosos. Quando a academia anuncia os concorrentes à estatueta, começam as apostas e os reclames, afinal, nem sempre o que preferimos é lembrado. Pensando nas polêmicas a respeito do prêmio, abaixo consta uma lista dos filmes solenemente ignorados para o Oscar 2012.
  • Precisamos falar sobre Kevin – tocando na complicada temática das relações familiares, esse longa é apontado pelos críticos como um dos mais injustiçados. A atriz britânica Tilda Swinton, no papel de uma mãe que não entende como seu filho se tornou um psicopata, tem uma de suas atuações mais comoventes;
  • Drive – denso e superior aos indicados, é complicado entender quais os motivos de não o colocarem na lista final. Sua indicação era certa para as categorias de melhor ator para Ryan Gosling, melhor roteiro adaptado, montagem, trilha sonora e música;
  • Tudo pelo poder – crítico e considerado político, o recordista em indicações ao Globo de Ouro, ao não figurar na lista dos indicados ao Oscar incitou especulações. Segundo críticos, a visão pessimista com que a política norte-americana é tratada, em relação à desilusão com a “Era Obama”, em ano eleitoral não foi bem vista.
Estranho, não é mesmo? Pensei que as obras de arte deveriam, nem que minimamente, despertar questionamentos. A “Academia” pensa diferente.

Filmes inspirados em famosas

De tempos em tempos, as noticias dos famosos trazem notas informando sobre uma nova produção inspirada em algum famoso. A vida e a morte de famosos sempre inspiraram livros e filmes biográficos. Músicos, pintores, escritores, políticos e personalidades conhecidas rendem, quase sempre, bons argumentos e bons roteiros ou boas histórias. Pensando nisso, preparei uma pequena lista com alguns dos melhores filmes inspirados em mulheres famosas.
  • Evita – drama musical inspirado na vida da mais famosa entre as primeiras-damas argentinas. Baseado na peça homônima de Tim Rice, foi uma super produção que obteve relativo sucesso. Evita foi representada por Madonna que conseguiu o papel após implorar, literalmente, por ele;
  • Minha Semana com Marilyn – tomando como referência ao livro de Colin Clark, de mesmo nome, esse é um filme que retrata uma semana em que o autor manteve contato com a atriz. Quem interpreta Marylin é Michelle Williams;
  • Frida – também baseado em um livro: a biografia escrita por Hayden Herrera. Nele, é retratada a vida da pintora mexicana Frida Kahlo, que foi casada com o também artista Diego Rivera, além de ter tido um conturbado caso Leon Trostky e com algumas mulheres. A atriz escolhida para o papel foi a também mexicana Salma Hayek.
Recentemente, foi lançado o filme “Piaf, um hino ao amor”, que “cantou” a vida da cantora francesa Edith Piaf. Para os próximos anos se especulam produções sobre a vida de Janis Joplin e Amy Winehouse. Vamos torcer para que os boatos se confirmem.

Casas flutuantes: alternativa sustentável

Arquitetos holandeses estão projetando casas flutuantes e sustentáveis, cobertas por flores e outras plantas. A propósito, recentemente em um post falei sobre casas sustentáveis.
Resultado de uma parceria entre Studio Noach, a arquiteta Anne Holtrop e o botânico francês, Patrick Blanc, a iniciativa compreende uma série de “soluções sustentáveis” que culmina em uma alternativa que resolve tanto o problema do descarte de embalagem – que é a matéria prima utilizada na confecção das casas – até o problema da moradia em áreas de alagamento.
A Holanda, por estar abaixo do nível do Mar, sempre teve preocupação em encontrar opções para diminuir os riscos e impactos. No Brasil, assim como em outros pontos da América Latina, casas flutuantes e palafitas é uma tradição, sobretudo na Amazônia. A diferença está na tecnologia empregada e nos impactos causados, já que a maioria dessas casas não possui tratamento de esgoto ou mesmo descarte adequado do lixo.
Interessante seria que pesquisadores brasileiros observassem o modelo holandês e o adequasse às particularidades brasileiras, encontrando uma maneira de fazer com que essas casas flutuantes e palafitas também fossem sustentáveis e ecologicamente corretas. Assim, essas casas se tornariam, também, uma alternativa saudável para o problema habitacional das regiões próximas aos rios e mar.

Eventos Empresariais Sustentáveis

Sustentabilidade, essa é a palavra de ordem do momento.
Consumidores, empresas e governos se mostram cada vez mais interessados em repetir o discurso do quanto a sustentabilidade é importante e como se deve agir para “sustentar” a sustentabilidade. Embora possamos notar uma mudança de postura – inclusive já falei sobre isso nesse post sobre sustentabilidade e solidariedade-, alguns pontos ainda devem ser observados com maior cautela.
Entre eles está a realização dos eventos empresariais adequados à sustentabilidade. Muitas empresas, ao realizar congressos e encontros com seus funcionários e colaborados, se preocupam com questões mais óbvias – e nem por isso menos importantes – como a separação do lixo, mas se esquecem que a responsabilidade social também é um dos pilares das atitudes sustentáveis.
Por responsabilidade social se entende o dever que todos têm, sobretudo as empresas, de colaborar de maneira positiva com seu entorno, com sua comunidade. Por isso, é preciso planejamento estratégico complexo, que deve conceber e medir os diferentes níveis de impacto, visando minimizar os pontos negativos, ao mesmo tempo em que se aumentam os positivos.
Um exemplo de como se pode deixar marcar positivas na comunidade depois de eventos, principalmente os de grande porte, é a reutilização de tendas – e outras instalações – para eventos culturais, oficinas pedagógicas, entre outros.